quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Poeta existencial

Escrever poemas e publicar livros se torna algo secundário diante do amor da sua vida, a pessoa há tantos anos aguardada que se realizou na sua frente, porque o poema mais belo e mais significativo é aquele feito de realidade, de dia-a-dia, escrito com atitudes, sacrifícios, escolhas e palavras da boca. Encher a vida da mulher amada de beleza, cultivando-a com a poesia do carinho e do afeto, e prepará-la para encontrar com Nosso Senhor é uma missão muito mais excelente que escrever livros para pessoas distantes e desconhecidas. Essa maneira de ser poeta faz com que você busque não versos decassílabos heroicos, mas atitudes heroicas, não maneiras diferentes de dizer, mas modos eficazes de fazer, não jogos de palavras, mas combinações de ações, não termos graciosos, mas meios de fazer sorrir, não aventuras imaginadas, mas epopeias verdadeiras, em que o poeta não fantasia guerreiros fabulosos, mas é obrigado a sê-los a cada momento. Escrever poemas na folha da existência é incomparavelmente melhor do que escrevê-los em papel perfumado ou pergaminho antigo, embora seja possível compor poemas grandiosos na realidade e transpor alguma parte deles para os livros.

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