Para enriquecer a
linguagem pessoal é importante ler livros clássicos no idioma em que foram
escritos, evitando traduções. Assim, deve-se ler primeiramente os clássicos do
português, como Os Lusíadas de Camões, Memórias Póstumas de Brás Cubas de
Machado de Assis e Mensagem de Fernando Pessoa, apenas para citar três. O
estudante que domine outro idioma, como inglês ou francês, poderá ler
Shakespeare ou Baudelaire, e assim por diante. Deve ser assim, porque na
tradução muitos recursos da língua original se perdem por impossibilidade. Não
é possível repetir a musicalidade de certos poemas, as sugestões e nuances de
significado de certos romances e a harmonia de certos prosadores. A tradução
inevitavelmente empobrece o texto original, fornecendo ao leitor apenas alguns
aspectos dele. A situação se complica ainda mais quando o tradutor é ruim e
deforma até mesmo o sentido que o autor deu ou implanta num idioma a sintaxe e
outros elementos estranhos a ele, que, não obstante, ficam bem na língua de
origem. Não é raro, por exemplo, certos tradutores trasladarem para o português
a sintaxe do inglês, gerando monstruosidades linguísticas.
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