Todo livro é como uma partitura a ser
executada. Em dois sentidos, pois nós precisamos de realizar o seu conteúdo na
nossa imaginação para o compreendermos, caminhando dos conceitos expressos até
as experiências reais ou análogas que proporcionaram ao autor escrevê-lo, e
porque todo livro encerra em si a potência sonora das palavras que o compõem,
ou seja, todo livro pode ser lido em voz alta. É de admirar que as pessoas, no
geral, nunca atinem com esse aspecto, fazendo leituras sempre em silêncio, não
chegando a desconfiar que a obra que está em suas mãos é um mundo de sons a ser
atualizado.
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