segunda-feira, 25 de abril de 2016

Conversação

Na conversação, a virtude máxima é a sobriedade. A conversação é uma grande oportunidade de estabelecer amizades, de comunicar ideias, de desenvolver a capacidade de expressar os pensamentos de maneira clara, seja quanto à dicção, seja na própria composição das frases. Não se deve fazer analogias forçadas, saltando de um assunto para outro através de ligações muito tênues. É preciso conversar sobre o que se fala, evitando o excesso, pois os outros interlocutores também querem participar. Não se deve perguntar coisas muito íntimas nem expor gratuitamente a própria vida. Brincadeiras e gracejos têm o seu lugar, mas devem ser utilizados com moderação, se o interlocutor der abertura. Ao se discordar de alguma ideia, é preciso fazê-lo com respeito e delicadeza e, quando se precisa interromper alguém que conta uma história por causa de uma necessidade urgente, deve-se despedir-se mostrando seu desagrado em partir e não poder ouvir o resto da conversa. 
Essas e outras dicas foram dadas por Mário Ferreira dos Santos no livro Práticas de Oratória, mas ele estava falando, evidentemente, de conversações em circunstâncias normais, entre pessoas respeitáveis, pois hoje em dia certas conversas só podem ser terminadas com palavrões e desaforos.

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